DIGA NÃO A ELEIÇÃO ANTIDEMOCRÁTICA E DISCRIMINATÓRIA
A direção do Sintuf-MT, após resolução do colégio eleitoral que inaugura a eleição antidemocrática para reitor da UFMT, com pesos discriminatórios entre os segmentos que compõem a comunidade universitária, convida os trabalhadores técnico-administrativos para refletirem sobre os pontos:
Em nível nacional:
- A conjuntura em que vivemos, com ameaças a vida, a democracia e aos direitos humanos;
- Os ataques às instituições públicas e aos poderes definidos constitucionalmente;
- O incentivo, por parte do governo central, a ignorância, ao ódio e ao desapego pela vida.
- Os ataques à Universidade Pública, ameaçando seu caráter público e gratuito, sua autonomia e democracia;
- Os ataques a gestão da UFMT, sem que haja uma reação a altura em sua defesa;
Em nível local:
- A resolução do Colégio Eleitoral, desrespeitando um processo democrático de escolha dos dirigentes que vinha ocorrendo na UFMT há mais de 20 anos.
- A desconsideração do rito legal, que garantia a opção a UFMT, quanto a decisão da consulta formal ou não, sob a égide da lei 9192/95, vez que a MP — que obrigava a realização dessa consulta foi derrotada;
- A omissão na reunião do Colégio Eleitoral, pelos prováveis candidatos(as) à reitoria da UFMT, na defesa da cultura democrática, o que mudaria o resultado;
- A desconsideração ao ofício 50/2020 enviado pelo Sintuf-MT, ao qual se comprometia com a consulta informal democrática e paritária;
- A falta de unidade entre as entidades que dirigem os segmentos da UFMT, com relação a realização da consulta direta, paritária e inclusiva, mesmo com as limitações da Pandemia, que não permitia a eleição presencial;
- O resultado da votação que majoritariamente mostrou a face dos conselheiros da UFMT, ao afirmar com aquele resultado, (voto a favor do peso de 70% para docentes), uma visão discriminatória com relação aos técnico-administrativos e estudantes na UFMT;
- A triste abstenção na votação de personagens que sempre “defenderam” a democracia na UFMT.
Esses elementos foram decisivos para retirada do Sintuf-MT no processo de eleição para reitoria, essa categoria que possui um papel fundamental na construção e na condução dos destinos dessa UFMT, e que não poderia se curvar diante desse retrocesso em nossa querida universidade.
Cabe ressaltar que a “matemática dos 70% (professores) x 15% (estudantes) x15% (técnico-administrativos)”, cujo resultado, muito mais do que uma prática discriminatória, reforça o “poder” de decisão e gestão a apenas um segmento da Universidade, reforçando uma visão medieval de Universidade, onde os trabalhadores “técnico-administrativos” eram invisíveis, cabendo-lhes o papel de mero “executor de atividades”, ferindo o princípio da democracia da Universidade Pública, tão arduamente defendido por aqueles(as) que lutaram pela sua afirmação na Lei maior do país (CF/88).
Você concorda que o seu voto tem esse valor em uma instituição que se diz democrática?
Lamentavelmente, na UFMT, nesse período “triste” de nossa história mundial, os técnico-administrativos sofrem mais um “baque” de discriminação e exclusão. Com esse entendimento (com todo respeito as posições divergentes), a direção do sindicato orienta a não participação no processo de consulta a Reitoria, para não legitimarmos um processo antidemocrático e discriminatório, votando em candidatos(as) que em nenhum momento, publicamente manifestaram sua posição em defesa da cultura democrática na UFMT.
Gestão colegiada Renovação e Luta