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A direção estadual da CUT-MT (Central Única dos Trabalhadores e Trabalhadoras de Mato Grosso), reunida em 07/05/2024, vem a público manifestar seu repúdio veemente contra toda e qualquer forma de violência e intolerância em todas as esferas, incluindo as abordagens policiais em Mato Grosso.
Reiteramos nossa solidariedade à companheira Pâmila Nayana Ferreira Ramos, Secretária de Mobilização e Relação com Movimentos Sociais da CUT-MT, que, segundo seu relato, foi vítima de múltiplas agressões por volta de 01h:00 da manhã do dia 04/05 do corrente ano.
Conforme seu testemunho, durante uma abordagem policial durante a blitz de lei seca, ela foi alvo de diversas agressões após questionar a legalidade e procedimentos referentes à remoção imediata de seu veículo, uma vez que já havia providenciado outra pessoa para assumir a direção.
Além disso, relatou que, ao tentar verificar seu celular, foi submetida a uma agressão física, onde um policial a agarrou pelo braço e a arrastou, posteriormente empurrando sua companheira. Ao indagar sobre a razão de tal agressão, outro policial a asfixiou por trás, deixando-a imobilizada e com dificuldades respiratórias, temendo pela própria vida.
A companheira afirma ter sido vítima de crime de gênero devido à reação do policial ao mencionar que estava com sua esposa. A ação prosseguiu de maneira agressiva e arbitrária, com abuso de autoridade para coagir ambas, proferindo palavras humilhantes.
A CUT-MT classifica como gravíssimo e inadmissível que um agente público, no cumprimento de seu dever, recorra a mecanismos e atitudes incompatíveis com as funções delegadas pelo Estado.
Não podemos permanecer silentes diante de acontecimentos que, conforme relatado, violam os princípios da dignidade humana. Por isso, exigimos das autoridades competentes a apuração rigorosa do ocorrido e as devidas providências, a fim de evitar que uma abordagem policial termine em tragédia.
Cuiabá-MT, 08 de maio de 2024
Direção Estadual da CUT-MT
