Com o objetivo de articular um movimento em defesa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), a reitora Myrian Serra recebeu em seu gabinete na manhã desta quarta-feira (04), gestores e representantes de entidades e movimentos sociais da Universidade. Ficou acordado entre os presentes a realização de uma audiência pública em adesão ao Dia Nacional em Defesa da Educação Pública, que acontecerá em 19 de outubro. O evento será realizado a partir das 14h no Auditório do Centro Cultural e pretende apresentar à sociedade mato-grossense a situação atual do financiamento das universidades públicas do Brasil, especialmente da UFMT.
“Com isso, queremos sensibilizar os parceiros, os movimentos sociais e toda a comunidade para que compareçam ao debate e conheçam a realidade da nossa Universidade e lute junto conosco para a melhoria e a manutenção de uma universidade pública, gratuita e de qualidade”, conclamou a reitora. De acordo com a professora Myrian Serra, essa audiência será um instrumento importante para que as pessoas conheçam o funcionamento do orçamento da UFMT, e compreendam o que são gastos com custeio e investimentos e como o contingenciamento das verbas federais impactam as atividades da Instituição.
Iniciativa ao diálogo
Para a representante do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFMT (Sintuf-MT), Leia de Souza, essa iniciativa é importante porque permite o diálogo com os movimentos sociais organizados e possibilita a compreensão do que está em jogo. “A Universidade tem que sair às ruas agora e mostrar por que estamos lutando, está na hora de unirmos, estudantes, professores e técnicos-administrativos. Vamos convocar a população para mostrar que essa luta não é só nossa, é de todos os setores da sociedade, todos devemos participar dessa frente em defesa da universidade pública”, reforçou.
Na mesma linha, o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), Reginaldo Araújo, defendeu a proposta de mostrar para a comunidade o orçamento da Universidade e o impacto que UFMT sofreu com os constantes cortes financeiros realizados pelo Governo Federal. O dirigente sindical lembrou que sua entidade tem denunciado, desde 2015, os crescentes cortes que o financiamento da educação pública vem sofrendo. “Nesse momento é importante que os movimentos sociais juntem suas forças com a reitoria em defesa da Universidade, e ao mesmo tempo dialogue com a população sobre os ataques sofridos pela Universidade”, expressou o presidente, reforçando a necessidade do debate ser levado para os Câmpus do interior.
O coordenador do Diretório Central dos Estudantes, Vinícius Brasilino, também destacou a importância desse movimento, lembrando o papel de sua entidade na cobrança de mostrar para sociedade a realidade da situação orçamentária da UFMT. “Temos constantemente proposto esse diálogo, entre os gestores e o conjunto das categorias, sobre os impactos resultantes desse contingenciamento no orçamento da Universidade e nas suas atividades de ensino, pesquisa e extensão. Assim, não vejo outra saída senão nos unirmos enquanto Universidade para lutarmos juntos contra os frequentes ataques à Universidade”, finalizou o representante dos estudantes.
Participaram também da reunião, o vice-reitor, professor Evandro Soares; o Pró-Reitor de Cultura, Extensão e Vivência, professor Fernando Tadeu; a Pró-Reitora de Assistência Estudantil, professora Erivã Garcia Velasco; o Pró-Reitor Administrativo, Bruno Souza; o Secretário de Gestão de Pessoas, Domingos Sálvio Sant’Ana; a coordenadora de Extensão, Sandra Jung de Mattos; o diretor da Adufmat, professor José Ricardo de Souza; a coordenadora de Comunicação e Imprensa, professora Hélia Vannucchi; e a Gerente de Web e Marketing, Jessica Bastos.
Assessoria da UFMT