Os trabalhadores técnico-administrativos que atuam no Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) aprovaram durante a assembleia realizada nesta terça-feira (02.06) o “Estado de Greve”. Em respeito aos pacientes atualmente internados e atendimentos agendados, eles não irão parar suas atividades de forma definitiva, porém uma paralisação geral foi confirmada para o dia 17 de junho. Veja abaixo o ofício que comunicou a administração da UFMT:
OF. Nº 070/2014/SINTUF-MT Cuiabá, 03 junho de 2015
Ilma. Sr.ª
Prof.ª Maria Lúcia Cavalli Neder
DD. Reitora da UFMT
Nesta
Magnífica Reitora,
Servimo-nos da presente para comunicar a Vossa Magnificência que os trabalhadores do HUJM, reunidos no dia 02 de junho, deliberaram que a partir dessa data estão em ESTADO DE GREVE, NA LUTA POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E DE TRATAMENTO, no HUJM e EM APOIO A PAUTA NACIONAL DA GREVE DEFLAGRADA PELA FASUBRA.
Quando a Universidade aderiu a EBSERH, havia um compromisso de melhorar a “eficiência da gestão do HUJM”, superando os problemas vivenciados pelo Hospital, principalmente pela falta de recursos orçamentários. Essas mudanças não vieram.
Ao contrário, a situação vivenciada pelos trabalhadores desse HUJM, após sua adesão a EBSERH, com relatos cotidianos desses trabalhadores, com provas documentais, demonstram a precariedade das condições de trabalho, falta de materiais de consumo e equipamentos, falta de respeito e valorização dos trabalhadores estatutários, o que vem ampliando o descontentamento e desconforto desses trabalhadores em uma unidade de trabalho. Essa situação compromete a qualidade do atendimento e precisa de atenção por parte dos gestores. Em que pese a realização de inúmeras reuniões, com encaminhamentos acordados, entre a administração da EBSERH e o sindicato, várias questões, que em nossa opinião já poderiam ter sido resolvidas, ainda persistem, provocando uma situação de stress coletivo profissional.
Diante dessa situação os trabalhadores deliberaram que entrarão em ESTADO DE GREVE, com UMA PARALISAÇÃO DE 01 DIA – MARCADO PARA O DIA 17 DE JUNHO. E nesse período esperam que a administração do HUJM negocie a pauta, e apresente resoluções a mesma, evitando a deflagração de Greve.
Essa paralisação representa o início do processo de mobilização da categoria na perspectiva de construção de movimento paredista, caso a pauta interna (em anexo), não seja atendida pela direção dessa Universidade. Para esse sindicato, a UFMT mesmo “cedendo” seus trabalhadores possuem a responsabilidade legal pelos mesmos, uma vez que esses trabalhadores continuam sendo trabalhadores regidos pelo RJU e o HUJM continua sendo um Hospital Escola, responsável pelo ensino, pesquisa e extensão.
O HUJM NÃO É APENAS UM PRESTADOR DE SERVIÇOS DO SUS!
O HUJM É UM HOSPITAL ESCOLA!
SEUS TRABALHADORES SÃO DA EDUCAÇÃO!
POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPEITO AOS TRABALHADORES!