Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT aprovaram participar da paralisação nacional contra a Reforma da Previdência que será realizada na próxima quarta-feira (15 de março). De forma unanime, a categoria deliberou pelo fechamento da guarita principal de entrada da universidade. Os trabalhadores ainda deverão participar do ato unificado às 15 horas na Praça Ipiranga.
“O que o Governo Federal está tentando impor não é uma reforma da previdência pública, mas o fim da previdência. O trabalhador que fizer as contas vai perceber que estão aumentando em média dez anos no seu tempo de trabalho para receber uma remuneração menor, já que o reajuste de aposentadoria não será corrigido como o salário. As pessoas vão morrer sem se aposentar”, destacou a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFMT, Leia de Souza Oliveira.
Vários trabalhadores aproveitaram a oportunidade da assembleia geral para expor o seu descontentamento com a proposta de reforma de previdência. “Podemos ver os ataques dos nossos direitos, temos que estar atentos a todas essas questões. Não se trata de falácia, é a realidade. Temos que transmitir essa mensagem para os nossos pares. Estão acabando com os nossos direitos trabalhistas, com o direito de nossos filhos e netos”, pontuou Benedito Ferraz.
“Temos que raciocinar com maior profundidade, estão fazendo essa reforma diminuindo o salário dos aposentados. No Brasil existe um processo que se chama rentabilidade, e infelizmente estamos condenados a pagar juros elevadíssimos. Vocês sabem o quanto de juros que o Brasil paga por ano? 500 bilhões de dólares, é este o destino de nossos impostos. A lógica do Governo está errada, e querem agora retirar mais direitos dos trabalhadores”, reforçou Edmundo Castelo.
Os trabalhadores ainda aprovaram realizar panfletagens nos arredores da UFMT na terça-feira (14) explicando os ataques do Governo Federal, e as ações que serão adotadas como forma de resistir. A assembleia geral dos técnicos administrativos contou com representantes do Diretório Central dos Estudantes da UFMT (DCE) e da Central Única dos Trabalhadores (CUT).