Daniel Dino
Assessoria/Sintuf-MT
O Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação da UFMT (Sintuf-MT) deve encaminhar uma solicitação formal para que a Fasubra reveja sua metodologia de negociação junto ao Governo Federal. Durante assembleia geral da categoria, realizada na terça-feira (01.04), ficou evidenciado que a Federação está se tornando refém dos reitores no processo de negociação, auxiliando na blindagem do Governo Federal.
“A Fasubra montou um documento que acusa a Andifes de não participar e auxiliar na negociação. É necessário deixar claro que a presença dos reitores nos grupos de trabalho não tem o papel de negociador, pois quem negocia com o Governo é a Fasubra. Infelizmente, a entidade de forma equivocada criticou a Andifes, uma ação no mínimo inocente, já que principalmente neste momento de greve, precisamos do máximo de apoio”, destacou a coordenadora geral do Sintuf-MT, Leia de Souza Oliveira.
Durante a avaliação de conjuntura, os presentes na assembleia geral identificaram que o maior apoio dos reitores durante a greve é não informar os dias parados, evitando assim corte de ponto do trabalhador. “Estamos enviando ofícios solicitando que este apoio seja mantido, assim como informando aos parlamentares de Mato Grosso sobre os motivos da greve e cobrando seu apoio na defesa de uma educação pública de qualidade”, ressaltou Leia.
Na opinião geral dos trabalhadores presentes na assembleia, está faltando habilidade e clareza na condução nacional da greve. Na ata aprovada, os técnicos administrativos de Mato Grosso reafirmaram que ao contrário do declarado pela Fasubra, eles não rejeitaram a proposta do Governo Federal. Um dos encaminhamentos aprovados na assembleia, eles preveem “encaminhar crítica a Federação quanto ao teor do ofício, que não dialoga com o documento enviado pelo Governo, ao contrário, apresenta todas as condições para o Governo retirar a proposta”.
Os trabalhadores querem que o Comando Nacional de Greve se posicione de forma pormenorizada com relação ao documento do Governo, garantindo os itens que a Fasubra historicamente defende e pela primeira vez foram aceitos pelo Governo.