Daniel Dino
Assessoria/Sintuf-MT
Os mecanismos utilizados para manutenção da opressão das mulheres foram debatidos pela representante da UFMT no Seminário Mesa Redonda ‘O papel da mulher na sociedade, na política e no trabalho’, professora Mirian Toshiko Sewo. O evento foi realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação da UFMT (Sintuf-MT).
“Sem perceber, reproduzimos opressões históricas com o intuito de manter as relações entre os gêneros. Existe o risco de se inferiorizar a mulher desde a infância, com uma educação que ofereça mais liberdade aos meninos e faça com que as meninas fiquem mais dóceis e submissas”, elencou a representante da universidade federal.
Um dos exemplos citados para estas questões inconscientes de inferiorização é a própria escrita. “Quando nos referimos a um coletivo é utilizado o gênero masculino como predominante. é necessário ter clareza que a linguagem escrita estrutura nosso pensamento, nossa forma de montar e enxergar o mundo”, destacou a professora.
A palestra seguiu com uma série de situações onde a sociedade tenta manter a diferença entre os gêneros, como na reprodução do padrão de beleza, formado pela mídia; a ditadura do comportamento moralmente correto da mulher, onde ela deve sempre se manter íntegra, enquanto a promiscuidade chega a ser “normal” para o homem; e a imposição das obrigações domésticas para a mulher.
O seminário Mesa Redonda ‘O papel da mulher na sociedade, na política e no trabalho’ foi realizado na sede do Sintuf-MT, no dia 14 de março.