Após muito empenho de toda a comunidade universitário, e principalmente dos técnicos administrativos da UFMT, está montada a comissão de implantação da Jornada Contínua. A primeira reunião da comissão foi realizada na segunda-feira (21.08), e a expectativa é de que a jornada com turnos ininterruptos seja rapidamente colocada em prática.
“Vamos trabalhar para que nos setores onde ficou demonstrado a necessidade dos turnos contínuos, onde existe pessoal suficiente, seja imediatamente iniciada a Jornada Contínua. É claro que será um período de experiência, onde teremos que fazer avaliações, mas acreditamos na maturidade dos trabalhadores para garantir este avanço em nossa instituição. Quem vai ganhar muito é o usuário, que poderá usufruir dos serviços por um período maior de tempo ao longo do dia, ou seja, no mínimo 12 horas de forma contínua”, destacou a coordenadora geral do Sintuf, Leia de Souza Oliveira.
Veja abaixo a nota entregue pelo Sintuf aos conselheiros do Consuni na sessão que marcou a instalação da comissão:
Senhores (as) Conselheiros (as)
A reunião do CONSUNI ocorre numa conjuntura adversa para os trabalhadores e para a Universidade comprometida com a transformação social, desenvolvimento e soberania desse País. Conjunturalmente o governo ilegítimo de Temer, tem envidado todos esforços (corrupção e compra de votos) para retirar direitos conquistados com muita luta pela classe trabalhadora, além de ameaçar a Universidade de privatização, dentre outras iniciativas. No contexto nacional, a gestão das Universidades tem buscado manter as atividades dessas Instituições bem como construir internamente programas e políticas que visem a qualidade do atendimento e a valorização dos trabalhadores, iniciativa que aplaudimos.
Mesmo em uma conjuntura negativa, de precarização do trabalho, congelamento salarial, retirada de direitos, os Trabalhadores(as) Técnico-administrativos cientesda missão e particularidade da ação da Universidade, articulada aosprogramas institucionais (acadêmicos e administrativos), tem otimizado suasatribuições/rotinas de trabalho, visando o atendimento aos usuários comqualidade epertinência social.
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Concordamos com a visão de que a Universidade não é uma repartição pública comum. Sua missão institucional articulada a indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão, demanda a manutenção ininterrupta de suas atividades. Para tanto, urge a necessidade de discussão da forma de organização e estruturação das Secretarias das Faculdades e Institutos dessa Universidade. A compartimentalização da gestão desses setores não propicia uma interação entre o ensino, a pesquisa e a extensão, bem como favorece a pulverização da força de trabalho, reforçando a visão individualista na relação entre os servidoresdocentes e técnico-administrativo, com a atribuição de “atender apenas ao seu chefe”. Não podemos nos esquecer que todos (as), independente de seu cargo são servidores públicos, com suas lotações e atribuições respectivas na instituição. Com esse entendimento defendemos a estruturação de Secretarias Gerais nos Institutos e Faculdades, modernizando as relações de trabalho, a realização deredimensionamento transparente com critério pré-definidos, otimizando a força de trabalho institucional.
Nacionalmente a FASUBRA, após ouvir o movimento estudantil e docentes, bem como os usuários externos da Universidade, estão convictos da complexidade das atribuições da Universidade, o que demanda a consecução de horário/jornada de trabalho contínua, mantendo a instituição aberta continuamente sem interrupção. Cabe ressaltar que grande parte dos estudantes são trabalhadores com horários restritos para acessar os “atendimentos” oferecidos pela instituição. Daí a pertinência doDecreto 1596/2003, que, reconhecendo a heterogeneidade da missão/atribuição dasinstituições públicas do estado brasileiro, oportuniza ao gestor a aplicação da jornada contínua para aquelas unidades/setores que atendem aos usuários, no mínimo 12 horas ininterruptas.
Como compromisso da gestão passada, foi instituída comissão paritária para levantamento do perfil de cada unidade acadêmica e administrativa dos 04 campus da UFMT, bem como a real força de trabalho a fim de elaborar diagnóstico quanto a viabilidade da aplicação da Jornada Contínua na UFMT. O resultado do trabalho foi entregue à Reitora, no dia 27 de junho, com o compromisso da mesma, em constituir comissão no CONSUNI para analisar o mesmo e apresentar posição no prazo de 60 dias.
Diante do exposto, solicitamos o vosso apoio nessa luta pela instituição da Jornada contínua com turnos ininterruptos, ao mesmo tempo em que nos comprometemos em nome do conjunto dos trabalhadores técnico-administrativos da UFMT, em lutar pela qualidade de ampliação do atendimento, respeitando o cumprimento da jornada.
Cuiabá, 09 de agosto de 2017
TRABALHAR 06hs, ATENDER NO MÍNIMO 12hs.
JORNADA CONTÍNUA NA UFMT É:
- AMPLIAÇÃO DA QUALIDADE DO ATENDIMENTO.
- VALORIZAÇÃO DO TRABALHADOR E DO USUÁRIO.