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Notícias

06/09/2023 07:50

Não somos escravos: Empresa terceirizada de limpeza nem assumiu e já causa revolta na UFMT


_“Os meus filhos não vão chorar, mas os de vocês vão”, teria ameaçado representante de nova empresa terceirizada da UFMT.

Não é a primeira vez, nem a segunda e nem a terceira vez que uma empresa terceirizada causa problemas aos trabalhadores terceirizados da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Provavelmente também não será a última, já que as empresas terceirizadas existem com uma única finalidade: precarizar o contrato de trabalho dos funcionários. No entanto, é a primeira vez que uma empresa terceirizada causa revolta antes mesmo de ter iniciado os serviços.

O contrato de número 055/2023 entre a UFMT e Vetor Serviços de Terceirização, com sede em Primavera do Leste, tem previsão de início na próxima terça-feira, 05/09. A empresa foi selecionada no processo de licitação com valor do contrato de R$ 5.684.566,69 (cinco milhões, seiscentos e oitenta e quatro mil, quinhentos e sessenta e seis reais e sessenta e nove centavos), desconsiderando termos aditivos. Mas antes mesmo de assumir, um representante da empresa, cujo nome os trabalhadores não souberam dizer, fez uma reunião, na qual foram impedidas de levar seus celulares.

E a proibição de uso se celular durante o expediente, segundo os trabalhadores, estava entre uma das mudanças que o representante da empresa anunciou. A partir da próxima semana, quem quiser ficar no emprego terá de deixar o aparelho numa caixa ao bater o ponto de entrada e retirar ao bater o ponto de saída. Da mesma forma, o uniforme, tão importante para proteção pessoal, mas que incluiu uma bota de borracha bastante incômoda, não poderá ser retirado nem mesmo para o horário de almoço. A UFMT, é uma instituição de ensino, e sempre demonstrou respeito aos trabalhadores terceirizados, o referindo Sr, chegou ao ponto de expor a Proadi, dizendo que servidores estão de olho, que não querem mais os trabalhadores sequer conversar com servidores dos setores, e eles irão viver uma nova realidade. Que realidade é essa? De opressão? De assédio? de vexamento?

Ao perceber a insatisfação por parte dos trabalhadores – em sua maioria, mulheres - o representante teria dito que quem não quiser ficar voltará implorando nos próximos meses e afirmado: “Meus filhos não vão chorar, mas os de vocês vão”. O representante teria dito, ainda, que os trabalhadores que apresentassem atestado médico com qualquer problema identificado pela empresa perderia o direito ao “sacolão” (vale alimentação no valor de cerca de R$ 550). Além disso, não deveriam conversar com qualquer servidor ou estudante, e que se algum professor, ou técnico tentasse intervir pela permanência dos trabalhadores, ele mesmo teria de arcar com o salário. As entidades representativas
defendem qualquer trabalhador dentro da UFMT.

“A meu ver, ele discriminou os trabalhadores da limpeza. Nós seríamos mais um objeto nas mãos deles. A maioria de nós não vai ficar. Todo mundo já saiu. Sim, nós vamos sofrer, porque eu tenho uma filha. Não é só eu, muitas mães e pais que trabalham aqui, mas nós não vamos ficar feito escravo de ninguém. Vamos ser pobres, sim, mas honradas” disse uma trabalhadora, que preferiu não se identificar.

Para a Adufmat-Ssind e SINTUF, as declarações são absurdas, e a própria UFMT tem a responsabilidade de zelar por contratos dignos e humanizados com os trabalhadores da universidade, mesmo que sejam terceirizados. “A universidade precisa olhar com atenção essa vulnerabilidade que tem levado trabalhadores a péssimas condições de trabalho. Ela precisa repensar o sistema de contratação e essa lógica da máxima exploração do trabalhador. Elas apresentam relatos tristes, choro, mostrando que as condições oferecidas pela nova empresa são, no mínimo, desumanas. Fizemos um trabalho conversando com outros trabalhadores terceirizados na minha disciplina. Alguns relatos apontam uma escala longa de trabalho, com intervalo de apenas 15 minutos para almoço. Como podemos não garantir condições mínimas de trabalho dentro da UFMT? Algumas das funcionárias não possuem sequer formação primária, dentro de uma instituição de ensino, e nenhum trabalho é pensado para melhorar sua formação ou mesmo instalação, visto que até os locais para descanso também são precários”, afirmou (alguém da diretoria).

A Adufmat-Ssind., junto ao Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos (Sintuf-MT) e Diretório Central dos Estudantes (DCE), já realizou diversas manifestações e ações de apoio aos trabalhadores terceirizados em momentos que enfrentaram condições degradantes dentro da universidade, chegando e ficar sem o pagamento correto do salário algumas vezes, além de sofrerem perseguições quando exigiram seus direitos mais fundamentais.
Iremos continuar defendendo os trabalhadores terceirizados, e agora mais ainda, sabendo dia modos operantes desta empresa. Estamos denunciando, para que a UFMT faça os encaminhamentos necessários.


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